1 de junho de 2016
poema feito para Ivanoska
o dia em que a mãe morreu
a minha raiz secou,
fiquei avulso no mundo,
o vento varreu quase tudo
e o céu se fechou num breu.
quando a mãe chegou ao fim
calaram-se vozes antigas,
perdi pedaços da vida
e os órfãos todos choraram
com certa pena de mim.
morreu alguém aqui dentro
e tudo e todos em volta
perderam qualquer sentido.
só ela permaneceu,
para sempre, impassível
como uma estátua
– etérea e eterna –
em êxtase, encantada.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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