Lug Costa 15 de abril de 2016

Busco o limite da dor
nas madrugadas em que entrego corpo e alma
para serem consumidos
pela incerteza do sofrimento abrandado.
Minha cabeça parece que vai explodir
em milhares de pedaços.
Já ultrapassei a barreira do desespero.
Não consigo reconhecer-me diante do espelho.
Meu rosto permanece desfigurado
durantes vários dias.
As lágrimas abrem valas profundas.
Grito: “socorro”,
mas sei que grito pro mim mesmo.
Ninguém pode ouvir-me.
Engulo uma quantidade descontrolada
de vários analgésicos
que não atingem nem a dor e nem conforta a alma.
Pensamentos desnorteados,
desconexos de qualquer realidade,
persistem por horas intermináveis.
Sei somente que o limite da dor
desafia o limite da minha resistência.
( 18.01.2010 – 07:03h – Caxias/MA)

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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