1 de abril de 2016
A sombra do barco
Já não se vê do cais
Singra para Baco
Leva as crianças da noite
Para o Nunca Mais
Mas o nunca e tão extenso
E é tão extenso o Nunca
Que as vezes penso
Ser tudo invenção da noite
Ou das crianças
E quando as crianças
Partindo do cais
Somem-se uma a uma
Tem-se a impressão
Que não vão a parte alguma
O Nunca Mais é tão extenso
Mas tão menor que a dor humana
E
Tão menos denso.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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