15 de março de 2016
Gozava de boa saúde e juventude. A despeito disso, vivia abordando os outros, sempre lhes pedindo dinheiro. Aplicava o mesmo manjado discurso: família pobre, irmãos pequenos, pai alcoólatra, mãe doente e, para piorar, ele, analfabeto, não conseguia arranjar emprego. Chegou, pois, à conclusão de que gastava muitas palavras para receber apenas uns míseros trocados. Urgia mudar de estratégia. E foi assim, graças a um modesto investimento, que pôde adotar um argumento bem mais sucinto e eficiente: “Passa a grana, se não morre!”.
Espantoso como o faturamento aumentou.
Obs: O autor é escritor e editor. Também é sócio-proprietário da Editora Penalux.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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