Aldo CB 1 de março de 2016

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Eu te mergulhei por ser o céu, em ti, um sem fim. E quis ficar cada dia mais dentro de teus olhos. Deixei meu barco solto a velejar entre teus regaços. Fizeste-me porto de teus encantos. Traz a lua entre teus seios e sopra um acalanto em meu colo. Mergulha também em mim por ser hoje um infindo, por ser hoje um olhar, por ser hoje a textura de tua pele. Desenha tua mão na minha e rema teu corpo no meu. A brisa da manhã transforma-nos em luz e nos esparrama na superfície das águas. Somos espelhos desse amanhecer. Fica comigo e atravessaremos juntos os oceanos, os continentes, o círculo polar e todo esse avarandado. Em nós, tudo é céu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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