Paula Barros 17 de agosto de 2010

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O tempo foi passando, foi passando, e eu não via sua fazenda acusar nenhum sinal de vida. Se janelas e portas estavam fechadas, você poderia apenas ter ido passear um pouco.

Mas o meu medo que você não voltasse me deixou angustiada. Um sofrimento de poucos dias parecia uma eternidade. O meu maior receio ainda continua sendo o de dizer mais do que pode ser ouvido. Medo que o trotar do meu coração assuste quando se aproxima da porteira.

Olhar só a fazenda de longe é pouco para o cavalo que gosta de pular cercas e porteiras. Gosta de se deitar na relva. E alimentar-se do capim verde e úmido de orvalho.

A emoção desembestada a trotar é que faz a paisagem tornar-se linda, e ter ventos para balançarem a crina do cavalo.

Portanto, não demore a abrir a porteira da emoção. Preciso cavalgar no seu pasto.

Obs: Imagens enviadas pela autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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