15 de fevereiro de 2016
Desci por aquela rua como costumava fazer todas as manhãs. Observei que havia alguma coisa diferente. A rua estava sempre silenciosa, deserta. Parece que naquela noite decidira revelar o que guardava por tanto tempo no seu silêncio.
Caminhei lentamente. Não era possível prever o que estava para acontecer. Tinha apenas um pressentimento. Olhei ao meu redor, mas tudo permanecia inerte: as casas estavam onde sempre estiveram; nada de novo nas suas fachadas, as calçadas eram as mesmas. Sem conseguir entender o que estava acontecendo continuei a caminhar, e já chegara ao final da rua. Já não era possível retroceder mais. Foi aí que entendi o diferente.(Jaboatão15.07.2003)
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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