Tudo o que rejeitamos em nós, além de ser fonte de tantos males, pode gerar uma ferrenha luta interior, a qual, por sua vez, torna-se causa de muitos danos, em nós e nos outros. Desse modo, estar juntos, ao contrário de ser expressão forte de comunhão, prática concreta de caridade fraterna, estímulo para uma unidade mais profunda, capaz de contribuir para a grande experiência da felicidade e da alegria, conforme o sonho de Deus, transformou-se em ocasião para lutas e guerras, gerando ameaças, preocupações, angústia e escuridão.
Como, então, promover uma cultura da vida e construir a tão sonhada civilização do amor? Como projetar vida, esperança, luz e alegria?
A resposta é clara: só mesmo percorrendo o caminho do amor e dispondo-nos a amar concretamente. O autêntico referencial para nós é sempre Jesus. É para ele que devemos olhar; é com ele que devemos aprender; e nele que devemos confiar; e nele que devemos encontrar a razão e o sentido de nossa vida e missão.
O nosso mundo precisa de pessoas capazes também de sonhar o mesmo sonho de Deus. Muitos perderam a capacidade de sonhar, e sem sonhos a vida perde o sentido. Só o amor é capaz de concretizar, no hoje de nossa vida e da história, o sonho de Deus, porque só no amor está o sentido de nossa existência.