Gerson F. Filho 15 de janeiro de 2016

Gerson

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Estamos no lugar onde entranhas; são o cérebro, e este, a massa de neurônios, foi expelida em qualquer lugar. Aqui o aparentemente correto fica somente na aparência, porque o certo nunca foi encontrado. Se for possível complicar compartimentando fragilidades por que prestigiar o igualitarismo equânime do texto que deveria ser o teto, mas neste lugar torna-se chão. Estamos onde o surreal não espanta trata-se de um processo normal.

Talvez por isso meu texto tenha migrado para as franjas da loucura. A final de contas não da para ser normal quando se está imerso em tanta insanidade. Evidencias de incorreto por cá não denigrem, indultam. Se você se aplica na retidão então não passa de um indolente estulto. O jeito é superar a vertigem obliqua dos momentos insanos com um pouco de sublimação.

Grite em silêncio para as suas convicções, quem sabe ensurdecendo-as estas não percebam a densidade do entorno. Estorvo seria não viver mais um dia, porque minhas crenças ainda caminham perdidas, e todo o processo inquietante deste agora rumina aquela pasta básica de sensações ojerizantes que necessitam ser ingeridas para garantir mais um prazo. Quantos sentidos eu terei que anestesiar para superar esta travessia?

Tudo parece estar bem. Somente isso. Ignonimia me cerca, Uma quimera me assalta com questionamentos para os quais eu não tenho resposta. Estará tudo certo? Se errar a resposta serei devorado. Vou me ocultando, estou entre os zeros de um código binário, na verdade sou mais um deles, que corre delirante na matriz do programa, a espera de uma pane no servidor, que me apague inexoravelmente deste sistema. Por favor, reiniciem este programa, algo está em conflito.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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