1 de novembro de 2015
Traço a trilha dos ventos da noite, entre um sorriso e a dor do tempo a perpassar a minha pele, como se cada cicatriz quisesse, agora, no presente instante, contar a sua própria história. Mas tenho a trilha por seguir ou persistir em seus encantos. Evito vozes de melancolia e só tenho meu olhar singelo (como se minhas mãos também pudessem compor o quadro) a procurar alguma solidão distante, ainda sem forma, a querer aconchego. Sou silêncio, um silêncio a denunciar os tempos a ecoarem em meus lentos passos. E estou bem, sem máscaras, sem vazios, pleno de nada, a deitar, na madrugada úmida, meu corpo cansado de procurar o simples adormecer.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
busca
autores
biblioteca