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Entenda, sempre haverá alguém que acha que é melhor que você só porque se sente pior que você. Sempre haverá alguém que te excluirá de um grupo minoritário que ela pensa fazer parte por achar que você pertence à maioria opressora. Invertem-se os papéis de opressor e oprimido, percebe?
Na verdade, nessa hora, ninguém lembra que- como seres humanos- somos todos minorias. De uma média de 4600 espécies de mamíferos no mundo, somos a única racional. A única passional. A única que se move por instinto e se defende atrás da racionalidade. A única que se incomoda com aquilo que deixaremos para trás quando não estivermos mais aqui. A única que se preocupa com aquilo que estamos fazendo, para quem estamos fazendo e como estamos fazendo.
A única que luta pela causa de muitos, muitas vezes pensando em si. A única que acha que sempre há uma maioria opressora. Talvez poque seja mais fácil pensar que há, como uma mania masoquista de ter alguém mais forte acima de nós. Ou talvez porque assim podemos nos sentir especiais ao dizer: olha, sou minoria, sou diferente.
Se ao menos pudéssemos enxergar que, no fundo, somos todos vestígios irrefutáveis do maior- e talvez mais belo- paradoxo que permeia a existência humana; aquele que diz que somos todos iguais, cada qual sendo intrinsecamente diferente do outro.