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A vida é uma experiência que não prevê prazo de duração.
Nascemos e a aventura se inicia. Por quanto tempo?
Daí, talvez a dificuldade de enfrentarmos todas as situações ilimitadas. Elas nos fazem lembrar a precariedade daquele primeiro contrato, totalmente unilateral. Dizem que, do outro lado, mora um relojoeiro, único que sabe a hora exata em que soará o gongo. A nós, só cabe seguir adiante, aleatoriamente. Ou parar, à espera do toque de recolher, desistindo da caminhada, se ela parece inútil.
Todos os sentimentos, na vida, obedecem a essa mesma determinação. Mas, se odiar ou temer, sem prazo de validade, mais alivia que assusta, amar sem segurança, apavora. Porque o amor, amplia os limites. E na categoria do amor, pode-se incluir amizade, parceria, até camaradagem, coisas que enfim, parecem nos fazer transpor cercas, muros, muralhas, fossos, desertos, alfândegas, túneis, pontes… e nos podem levar adiante.
Eu, de minha parte, quando sonho, gosto de ter data marcada. Quando ela expira, analiso a possibilidade de renovação ou cancelamento do projeto. Mas, alegre ou triste, tenho sempre seguido adiante.
Quando a morte chegar, há de me esperar na sala ao lado. Estarei ocupada: planejando…