15 de julho de 2015
Vi na rua um menino
que olhava, admirado
um gato morto à beira do asfalto.
O que será que chamava
a atenção do menino?
O gato em si, suas vísceras expostas?
Teria acaso o garoto a curiosidade
de um futuro naturalista?
Ou espantava-o a morte, quem sabe
vista pela primeira vez tão de perto.
Não sei a resposta. Foi embora
o menino, continuei meu caminho.
Ficaram no asfalto somente o gato
morto, que já não vai
e a morte, que não nos deixa.
Obs: Texto retirado do livro do autor – É Lenta a Palavra Tempo –
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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