Da Série: A Andarilha

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A leitura vai entrando através de imagens, formando um filme super 8 na mente. Vai rebobinando de mim, junto com as palavras, a minha vida. Vai me puxando de um passando muitas vezes distante.

Algumas vezes, depois de caminhar colhendo palavras, me encontro cantarolando uma música da minha infância. Passarás, passarás a bandeira é de ficar, se não for o dá frente, há de ser o de detrás…..Sorrio. Sinal que pensava no que você escrevia. Sempre que degusto seus pensamentos poéticos fica um resíduo em minha mente. E me entorna por soluços algo do meu esquecido passado. O passarás serviu até de reflexão. Se não fosse aquele amor, que eu quero, sempre vem um atrás. E continuo brincando, pois na brincadeira éramos enlaçados pelos braços. Agora, sou fantasticamente enlaçada por misteriosos sentimentos produzidos pelas suas palavras. Que me parecem tecidas de suor, lembranças, lágrimas, dores, alegrias vividas e não vividas….conjeturas que faço. Suas palavras entram em mim feito aquele remédio vermelho aplicado no músculo, descola a pele, rasga.

Em outro momento, me vi adolescente olhando pela janela, horas a fio, observando o céu, as estrelas, em busca de uma nave espacial. Penso até que queria ser abduzida por algum extra-terrestre. Conhecer outras galáxias. E assim muitas vezes vi amanhecer o dia. Alguns extra-terrestre apareceram em minha vida, quase me abduziram de mim, mas descobri que sou a nave, e quem desbrava céus e mares sou eu. Mesmo quando me falta coragem para acender as luzes e ficar a piscar.

Ah, suas palavras. Sem definição. Uma nave espacial, que me faz viajar por dentro de mim. Acendendo luzes, me trazendo o passado.

 

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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