Paula Barros 1 de junho de 2015

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Calar…como me inquieta,
e na inquietude escrevo
Falo contigo
Falo comigo
Falo por mim

Não consigo nesse silêncio
Escutar tudo que diz a tua alma
Porque o silêncio faz borbulhas em mim
Sopra ventos antigos
Remove poeiras
Cai ciscos nos olhos

Não é lendo nas entrelinhas que irei te conhecer
Mas nelas tento me encontrar
Perdida embaixo das raízes que me formam
Olho, respiro, sinto o silêncio

O silêncio doído de quem também tem gritos presos
De quem queria apenas abrir-se
E voar pelo mundo

Nesse silêncio
Sinto o sangue fervendo
Descer pelos braços

E apenas, ao abrir a tua janela
Deixo-me sair de mim
E me derramo
Ora em lágrimas,
Ora em inquietudes
Sempre em palavras
Desconexas ou não
Mas contidas de silêncios
De significados e significantes

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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