Acabamos de celebrar o domingo das mães. Ele faz parte da tradição deste mês de maio, que por sua vez está ligado de maneira especial a Maria. Maio, Maria e Mãe, é a trilogia que nestes dias aparece na sintonia das celebrações deste mês. A esta trilogia podemos acrescentar outra referência, que tem tudo a ver com ela: a mulher.
Foi com esta denominação que Cristo na cruz se dirigiu à sua mãe Maria, no momento que a confiava ao apóstolo João: “mulher, eis aí o teu filho!”.
Na figura de Maria fica retratada, de maneira exemplar, a sublime vocação da mulher. Assim faz o Evangelho, assim expressa a tradição.
A grandeza de Maria encontra seu fundamento na vocação que recebeu de Deus, de ser a mãe de Jesus Cristo. A grandeza de toda mulher também se entende a partir de sua vocação à maternidade.
A capacidade de gerar a vida mobiliza todas as energias da mulher, e dá sentido e unidade a todo o seu ser. Assim, a mulher se sente impregnada de vida, e chamada a se colocar a serviço da vida.
Na verdade, esta vocação à vida, que a mulher expressa de maneira singular por sua vocação à maternidade, acaba revelando a dignidade e o valor de toda pessoa humana. Na mulher entendemos também nossa vocação comum, de sermos receptáculo deste dom precioso da vida que Deus nos concede, e pelo qual nos integramos no mistério de sua própria vida, que ele quis partilhar conosco.
Deus nos chamou à vida, e nos envolveu em seu dinamismo gerador de vida. Esta a nossa dignidade, esta a nossa vocação, que a mulher expressa de maneira eminente, e que Maria sinalizou de maneira toda singular. Acolhendo em si mesma o próprio autor da vida, Maria nos revela que somos chamados a acolher em nós a graça de Deus, para nos envolver sempre mais profundamente no seu mistério de vida.
Maria nos revela o quanto Deus quis nos associar à sua própria vida. Nela identificamos nossa vocação humana.