Carlota Augusta 23 de março de 2009


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“Quem diz que sabe
o que a gente sente
quando uma imensa dor
invade a alma da gente,
pensa que sabe o tamanho,
a extensão, a intensidade.
Mas só a gente é que, de verdade
conhece o tamanho do espinho
que no coração foi cravado.
A dor é prá ser sentida,
chorada, sofrida, gritada,
mas quando compartilhada
com outros que se ama e confia,
vai acalmando dia a dia,
e vai virando saudade.
Saudade ( palavra que não tem tradução )
é a falta que a gente sente
de alguém tão importante prá gente
que parece nos faltar um pedaço.
Mas é pedaço a pedaço
que vamos nos reconstruindo,
curando a ferida, apostando na vida,
no amor sem medida,
como o amor de Maria,
que aos pés da Cruz,
chorando seu Filho amado,
teve a força e a grandeza
de por toda a humanidade,
Plena de amor e de dor,
tê-Lo por nós ofertado.

Obs: ( in memoriam a Rosimary Bitton )

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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