21 de fevereiro de 2009
De tanto cantares a morte
ela enfim enfadou-se de ti.
Por isso, não morreste,
apenas pensas que o fizeste;
mas lá ao fundo do longo,
interminável corredor que
as casas novas não têm,
fazes assombração à lua,
contas piadas aos anjos,
quem sabe aprendeste a tocar
bandolim ou contrabaixo
e te divertes a espiar
segredos do Universo,
distraído de que não morreste
nem morrerás, nem passarás,
passarinho.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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