Que alma era aquela que por trás do sofrimento, sabia ser feliz.
Ria dos infortúnios, com riso destemido dos instantes, dos momentos e das épocas… Fragmentados em tempos de perdão.
Que alma era aquela que por trás do sentimento, jorrava perfeição. Procurava nas palavras o caminho, a descoberta dos sentidos. Derrubar escudos existentes por detrás da emoção. Em ser livre, na eterna prisão do faz de conta, faz de promessas, faz de esperanças… Faz de existir.
Que alma era aquela que entendia do seu ser. Sabia questionar, e disfarçava desalentos. Colhia palavras como flores no jardim… “Como você está?” “Tudo bem com você?” “Está se cuidando?” ao invés de “Não estou bem hoje” “Meu corpo esvazia-se em dores e sofrimento” “Minha ânsia de viver supera desafetos” “Ah! Como dói a saudade”.
Que alma era aquela… Que em labirinto de solidão retirava certezas, sorrisos e palavras. E nas dores, a ternura de viver… Re.queria o ser feliz em sua totalidade, em qualquer tonalidade. Bastava entender…
Mistura de anjo e ser humano, que um dia descobriu o mistério e a beleza da cor cinza.
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Bauru/SP.
25/01/2009 – www.mis.art.br
Obs: Imagem enviada pela autora.