Ultimamente, é assunto constante nos jornais e outros meios de comunicação social a reforma ortográfica da língua portuguesa, assinada por decreto pelo Presidente Luís Inácio Lula da Silva.
É de grande proveito a unificação da escrita do idioma falado nos seguintes países: Brasil, Portugal, Cabo Verde, Guiné Bissau, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, pois, proporcionará uma melhor e perfeita comunicação entre os mesmos.
É verdade que, com certeza, continuará a diferença de sotaques e expressões locais.
Consideramos despretensiosamente, a nossa língua muito complexa e repleta de regras e exceções. E uma uniformidade exigirá divulgação equilibrada e acessível a fim de que os usuários sintam-se seguros ao escrever, evitando erros e enganos.
A iniciativa envolverá também o âmbito financeiro com edições novas de livros, gramáticas, dicionários etc.
Aqui, poderíamos aplicar essas palavras: A inovação não consiste em fazer as coisas de maneira melhor. Consiste em fazer as coisas de modo diferente com melhores resultados.
A omissão do trema, hífen, acentos, provocarão obstáculos na escrita, pronúncia e até no sentido de quem lê, pois, “a palavra é o fio de ouro do pensamento”.
Já escutamos várias pessoas afirmarem que deveríamos escrever as palavras conforme pronunciamos.
Exemplifiquemos aqui uma dificuldade para o alfabetizando ou mesmo um estrangeiro que deseja aprender a nossa língua: Exame (z) – lixo (x) – fixo (cs) Auxilio (s).
Num passado longínquo, quando exercíamos o magistério dizíamos para os pequeninos que alfabetizávamos: quando encontrarem um X, ao ler uma palavra, cuidado, pois, o X é uma letra misteriosa.
Dizem que há coisas que só fazem sentido juntas…
Coisas que se casam bem…
Será que poderíamos aplicar esta afirmação em nosso caso – grafia e fonética se casam bem?
Esperamos que os gramáticos e lingüistas se empenhem na divulgação e domínio da nova reforma ortográfica.
“A língua é a certidão de nascimento de uma nação”.
Enfim, aguardemos um resultado positivo entre os povos predestinados com o idioma do imortal Camões, acrescentando ainda, que “a palavra falada é um fenômeno natural e a palavra escrita é um fenômeno cultural”.
E assim, a pessoa aprende a falar, mesmo sem saber ler e escrever.
Que haja sempre um estímulo cada vez mais intenso nas crianças, jovens e em todos, enfim, por parte das Escolas e Órgãos Públicos no sentido de despertar o gosto pela leitura e, sobretudo, pela escrita.
Escrever, escrever muito, escrever sempre, escrever certo.
“Escrever fácil é difícil”.
“Concluindo, escrever é um ato de coragem.
Saber escrever é uma questão de dom.”
Escrevam!… Escrevamos!…
(*) Autora de Retalhos do Coração