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O inaceitável chega sempre como uma pedra
A invadir as janelas das residências
Que dormem irresolutas na calmaria
Daqueles que vivem alheios aos acontecimentos reais da vida
Na qual o inaceitável vem de súbito
Abalar a tranqüilidade de nossos sonhos.
Daí a minha revolta…
Como conseguem os transeuntes desta vida,
Fingir que o inaceitável é parte integrante de nossas vidas desgraçadas,
Repletas de lamúrias e sonhos esperançosos.
Chego a pensar, em momentos de fúria, que perdemos o poder da revolta.
Mas que revolta é essa
Que apenas brilha vitoriosa em nossos sonhos?
Contemplo o mundo lá fora de minha janela,
Vendo o inaceitável invadindo os lares,
Fazenda morada no pensar de nossa gente incapaz de se revoltar
Porque deixaram de acreditar em seus sonhos.
É nesse momento que o refulgir de minha revolta
Abala a alegria do inaceitável
E me faz perceber que ainda estou vivo,
Alimentado por meus sonhos de esperança
Que fazem de minha luta sua morada eterna,
Na qual encontram a certeza de que o inaceitável jamais irá invadir.
Os dias passam, os anos passam,
A vida passa e continuo a olhar de minha janela
Vendo o inaceitável invadindo os lares adormecidos
Embebidos pela podridão do mundo.
A cada toque de recolher
Volto para dentro de mim e descanso a pensar
Que o inaceitável sempre chega como uma pedra
Invadindo as janelas das residências
Que dormem irresolutas na calmaria
Daqueles que vivem alheios aos acontecimentos reais da vida
Na qual o inaceitável vem de súbito
Abalar a tranqüilidade de nossos sonhos.
Daí a minha revolta…

*Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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