25 de novembro de 2008
Há uma distância cansada de não-ser,
uma janela mutilada compondo a natureza,
dedilhado intercalando lágrimas,
molduras empoeiradas para amenizar acordes doridos…
Há uma distância de tempos aquecidos,
momentos perdidos,
lembranças de um horizonte nublado no encanto de ser…
Há uma distância de assombros, lamentos e agonias…
Na caminhada eternizei a esperança,
na luta aliviei o olhar sonolento…
Toquei a alma esfacelada em um grito de libertação…
Bebi o cansaço e o mormaço…
Ateei fogo aos tormentos fugazes…
Adormeci na distância infinita da vazia emoção…
Contemplei tua sombra no êxtase do sentimento silenciado…
02.07.2007
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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