A FOME é uma lamentável realidade mundial.
É verdade que há mesas em que o alimento é suficiente, em outras há excesso de finas iguarias, em outras, a comida é escassa e muitas vezes, não há nem mesa e ausência absoluta de alimento. Eis o quadro doloroso, cruel e desumano da FOME. Esta é responsável por pessoas desnutridas, doentes, impossibilitadas de trabalhar e de viver, levando-as à morte. Conforme estatística, 854 milhões de pessoas carecem de alimento.
Injustiça!… Grande Injustiça!… Imoral Injustiça!…
José Saramago, grande escritor português afirma que Imoral mesmo é a FOME.
As proporções alarmantes deste flagelo no mundo têm se tornado uma das principais preocupações dos mais importantes organismos internacionais como o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional, a ONU, o Banco Mundial, etc, etc.
E a quem atribuir este impiedoso problema?
Segundo estudos das entidades acima, as grandes potências, inclusive os Estados Unidos procuravam uma alternativa visando a baixa do preço dos combustíveis usando cereais, como o milho, para a fabricação dos biocombustíveis.
Entretanto, esta alternativa não resolverá o problema.
Pois, se toda a superfície mundial cultivável fosse destinada aos biocombustíveis atenderia apenas a 20% da demanda global, afirmam os estudiosos do assunto.
O presidente do Banco Mundial apela às grandes potências que busquem outras fontes energéticas para a crise que se agrava.
O Vaticano também posicionou-se contrário ao expressar que é imoral usar alimentos para fins que não sejam a alimentação.
Pois, com certeza, a produção alimentar diminuiria e seu preço subiria, o que já ocasionou revoltas populares em países africanos e latino-americanos.
E que providências deverão ser adotadas para acabar ou pelo menos minimizar o “pesadelo” da FOME?
Será necessário uma desafiante integração regional, podendo ressaltar a América Latina como campeã em grãos, arquitetar planos e cooperação, cedendo terreno a outros países, em troca da importação de insumos para a produção.
Oferecer vantagens aos pequenos agricultores como estímulo à sua labuta agrícola.
O Brasil já está investindo na agricultura familiar visando ajuda à demanda mundial e garantia de sua própria alimentação.
É necessária ainda uma fraterna solidariedade mundial, por meio de uma edificante colaboração mútua em prol da humanidade.
Aqui, não poderíamos esquecer o grande médico e geólogo pernambucano Josué de Castro que, sensibilizado com os sofrimentos das regiões miseráveis do Recife, deu o primeiro grito de protesto e alerta contra a fome em nosso País, repercutindo no mundo inteiro. No seu conhecido livro Geografia da Fome, ele ressalta e comenta as grandes dores de não ter o que comer.
Desagradando a governos e poderosos, o grande escritor foi submetido a prisão, exílio e outros sofrimentos.
Hoje, Josué é o mestre do combate à FOME e o seu livro é a “Bíblia” dos seus seguidores.
Unidos combatamos a DOR DA FOME e digamos como O PAI DO CÉU: DAI DE COMER A QUEM TEM FOME!…