Vivia entre o fugir e o ficar, seus objetivos eram mais importantes que seu próprio eu.
Queria ser feliz…
Mas Deixa pra depois, depois da chuva, depois da ventania, depois da viagem, depois do espaço. Depois da mentira. “Deixa pra depois” pensava.
E ia vivendo de migalhas e carinhos alados. Não queria ninguém ao seu lado, mesmo que por elas estivesse completamente rodeado.
As pessoas, os olhares, os sorrisos eram somente visualizados como objetos e miragens naquela ânsia de conquista. Conquistados e usados em momentos de necessidade maior.
Precisava chegar ao seu objetivo, aprendeu que um sorriso forjava zilhões de palavras e inventava todas.
Sabia se impor e se escondia atrás de uma máscara heróica e fajuta. Máscara não bem vinda, em um tempo de descoberta e realidade.
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Bauru/SP
Obs: Imagem enviada pela autora.