Comentário/ editorial no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM)
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DIZ a Bíblia que o profeta Jonas teve uma crise de esperança na humanidade, na sua capacidade de mudar o rumo da história de opressão e injustiça. O mais grave do profeta foi que ele duvidou que a força divina pudesse ajudá-lo em sua missão. Então, ele fugiu da raia.

Simbolicamente, diz-se que ele passou três dias na barriga da baleia, recuperou sua mística e foi converter a cidade pecadora. Converteu a todos, começando pelo rei.

Essa deve ser hoje a mística que leva a Igreja Católica a insistir em capacitar seus militantes na construção de uma cultura de paz e direitos humanos.

O MUNDO todo está contaminado pela cultura de violência, exploração e ganância. Quem hoje se dedica a trabalhar a solução de conflitos parece muito com o profeta Jonas em Nínive.

Com uma diferença, porém, a humanidade hoje já admite certos valores que são essenciais para a convivência humana.

Pelo menos como compromisso teórico, a ética já está nos documentos dos povos e em suas leis. Já se tem instrumentos de luta para solucionar conflitos. Daí, a importância dos estudos de capacitação dos e das militantes da paz e justiça.

CONHECER as leis, os direitos e deveres individuais e coletivos, aprender a enfrentar os violentos com a firmesa da verdade, aprender a dialogar com autoridades, revelando que conhece os rudimentos das leis.

Talvez, a crise do profeta Jonas aconteceu naquele tempo porque não havia acordo ético, só havia a palavra do profeta em nome de Deus. Mas o coração duro da cidade fazia prevalecer a lei do mais forte.

Hoje, se o mais forte, o mais cínico e o mais perverso ainda dominam os outros, já se tem a força da lei e da ética, que ajudam a mística enfrentar o desafio de construir a paz com justiça.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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