Malu Nogueira 12 de abril de 2008

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E o sino dobrou para aquele que tinha como lema “a fim de que tenham vida”
Na sua badalada, senti a tragicidade no dindom choroso.
O pesaroso sino tentava ficar calado,
Porém, a cada hora, alguém lhe puxava a corda
E o fazia gemer e ele ficava a soluçar de saudade
Do velho dom dos necessitados.
Pai e bom pastor do seu rebanho.
Alimentava com a eucaristia e a palavra do evangelho.
Com o sacrifício da própria vida.
Lá em cima, suspenso por anjos.
Dom Francisco Austregésilo de Mesquita Filho, enternecido,
Olhava seu rebanho lá embaixo.
E não entendia por que tanta gente a lamentar sua partida.
E, ele naquele lugar límpido,
Livre de dor e amarguras, estava em paz.
Num mundo sem diferenças e tristezas,
Sem maldade, nem malícias.
Seu corpo, rodeado de flores e velas.
A voz da cantora, num cântico de louvor,
Num lamento estremecido,
Repetia: louvado seja Deus!
Que levaste teu trovador maior
Para trovejar no céu,
Rodeado de Ibiapina e Antônio Thomaz,
Para, em verso e prosa, entoar cânticos ao Deus Criador
Na esperança da ressurreição por Ele prometida.

(outubro de 2006)

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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