Edilberto Sena 8 de março de 2008

Comentário/ editorial no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM
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DIA Internacional da Mulher, não de festa, mas de protesto. Mulher da cidade, mulher do meio rural, todas ainda carecendo de liberdade e vida digna. Mas o protesto não é só por causa da dignidade da mulher.Também hoje o protesto se espalha por causa da dignidade da população da Amazônia.

Só um exemplo do que clama aos céus e à indignação humana. Gleba Pacoval, mais de 1.500 hectares da mata derrubada por uma só plantador de arroz e soja. Na mesma área, mais de 500 árvores castanheiras arrancadas, sem falar nas outras árvores de piquiá, uxi, bacaba e tantas outras.

O Ibama chegou, constatou o crime e aplicou multa de um milhão e poucos de reais. E até agora só isso. O sojeiro continua lá e não se sabe se ele pagou a multa e se haverá mais punição pelos crimes.

QUANDO agora um grupo de cidadãos e cidadãs vai lá na terra devastada fazer um protesto pacífico ainda foi recebido com agressões e violência. E mais grave: alguns meios de comunicação mal informados, ou subservientes, se manifestaram em favor do criminoso que destruiu mais de 500 castanheiras e mais de 1.500 hectares de floresta.

A que ponto se chega hoje, repetindo a história, quando o brasileiro Calabar traiu seu irmão e o entregou ao invasor holandês em Pernambuco, no século XVII.

Certamente quem hoje é a favor da destruição da Amazônia para enriquecimento de alguns, é capaz de trair sua própria mãe em troca de alguns favores.

DIA Internacional de protesto e indignação tanto por causa de milhões de mulheres ainda violentadas, como pela destruição da Amazônia a interesse de lucro de alguns e também em protesto por tantos filhos desta terra desinformados e subservientes servirem aos interesses dos ambiciosos e dos estrangeiros.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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