Lug Costa 22 de março de 2008

Numa bela manhã ensolarada
passos apressados dirigem-se ao túmulo.
Tanta pressa para encontrar um morto?
Que pensamentos inundam a cada passo aquele coração?
Por que vem sozinha?
Tem vergonha de compartilhar as suas lágrimas?
Que amor é este que mantém o coração vivo
preso ao coração morto?
Caminhas ofegante para o encontro.
O que levas para o teu amado?
Por que a pressa se não podes mais tocá-lo?
É uma manhã de domingo.
A certeza da morte e da decepção
repousa no coração de seus discípulos.
Vais ao túmulo com alguma esperança?
Ainda recordas das promessas do Mestre:
“Eu ressuscitarei ao terceiro dia”?
Será que a solidão, a ausência do Mestre,
na tua vida trará uma terrível insegurança?
Em cada passo uma profissão de fé:
“Ele permanece comigo”. (cf. Jo 20,1-18)

No encontro – o túmulo vazio.
Nos olhos – o desespero incontido.
Na boca – “És tu Mestre?”
Nas mãos – o desejo de tocá-lo.
No coração – a certeza da Ressurreição.

(17.03.2008 – Caxias/MA)

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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