Aquela folha de papel, flutuava leve, alta, sem quase ser notada por ninguém…
Alguém notou; e com ela flutuou também…. Balançou pra lá, pra cá, rodopiou com o vento, em forma de caracol, cortou o espaço e foi fazer a sua morada, no topo de uma gigantesca mangueira. Ali ficou.
Como foi curta e fácil a sua passagem…..
Quem dera pudesse simplesmente passar assim, sem quase ninguém a me perceber….
Cansada de tanto ser notada, de tanto ser olhada, pulei da mangueira, e me lancei no chão.
Rolei outra vem com o vento…….
Fui jogada longe!….
Lutar, por lutar…
Vencer, por vencer…
Desta vez, ao um monte de gravetos, que estavam sendo queimados. Me contorci ao fogo, virei cinzas e mais uma última vez, flutuei ao vendo e me multipliquei!…..