De tanto buscar o que acreditava perdido
Fui atrás de mim
Não agradeci meu olhar
Só experimentei da falácia humana
A vontade de chorar
E sair correndo atrás do sorriso
Resgatando as ilusões que cultivei
Deixei de fora a angustia do fim de tarde
Fortaleci o desejo de deixar tudo
Para buscar em plena luz do dia
O grito inacabado de esperança
Não sei se é a força desta vida que nasce
Na inquietude dos passos cambaleantes
Ainda a ignorar minha humildade
No peito duro como pedra
No rosto que denuncia a dor
Que descobri
Passando na rua
Fingindo não existir
O mundo correndo nu atrás de mim
Vi que a fome ainda turva o dia
Para revestir-se com a armadura do medo
Aprendi que é só com as mãos abertas
Que ousei tirar do peito
O orgulho de ainda ser humano
E mesmo sabendo que ainda se faz escuro
No horizonte da vida encontrei a fé
Para alimentar a humanidade em busca da Luz