Era chegada a hora da mudança, renovação, nascimento. Foi de uma mulher pura, que o filho do Homem se fez carne. Eis a verdade.
Muitos anos depois, nasce o filho do povo, um entre muitos outros, de uma região agreste sofrida. Eis o começo.
Da adolescência, pouco se sabe. Entretanto alguns estudiosos arriscam em afirmar que, para não o expor ao mundo, seria necessário prepará-lo. Os professores de uma sociedade conturbada transferem-lhe conhecimentos. Eis a preparação.
Adulto, aparece vestindo o simples, calçando alpercatas, dominando a palavra. Palavra usada por metáforas, cuja interpretação, àqueles que não sabiam ler, era forte, desafiadora, cativante. Eis a mensagem.
Lançados os argumentos aos doutores da política, é rechaçado. Pela persistência torna-se o escolhido. Eis a recompensa.
A palavra promete mudanças: geração de emprego, redução da pobreza e da fome. Eis a esperança.
Os especuladores, os que vivem da exploração, os que visam lucros desenfreados, sentem-se temerosos. Eis a ameaça.
Os que não o aceitavam cederam, recuaram. Apoiaram a idéia? Eis a dúvida.
Obs: A imagem foi enviada pelo autor ( foto de Eugênio Costa)