resomar 17 de julho de 2007

A corrente da vida é forte, adiantando-se às previsões humanas…
Confrontar-se com os enigmas da dor, solidão, abandono, desespero, faz parte da dimensão vulnerável do ser…
Não há evidência de fatos, apenas aparências que se entrelaçam aos (des)encantos e (in)certezas…
A náusea insinuante indaga sobre o destino e o desânimo explode na sensação de desnudamento.
Nada acontece desvinculado do pranto…
Nada prossegue embrutecido, arrancando fios invisíveis que habitam a alma…

Ter (com)paixão é fazer marca na concorrência arredia, disfarçada e deixar folhear mágoas cruzando opostos, invadindo a escuridão para derramar-se em luz…
Quanto mais tocamos no impreciso sentimento, mas somos inebriados pelo desejo de amar…

Contemplo o tempo no sonho de seguir a melodia das estrelas e plantar no amargo silêncio a flor que arrancará incoerências e quebrará molduras opacas…

23.02.2007

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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