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Ouço discursos enfadonhos
Quase sempre sem nexo,
São vozes alteradas,
Normalmente um vazio
Sem o significado do real.
Vejo tantos calhamaços
E em seus conteúdos raras verdades.
Nossos anseios expostos em projetos de ilusão
Presos em redomas invioláveis.
Fechaduras,
Gabinetes,
Mesas,
Gavetas,
Papel,
Caneta.
Assessores que nunca abrem as portas
Que possam nos levar aos “homens do povo”,
Homens e mulheres com suas blindagens
Refugiados em ambientes inacessíveis.
Assessores,
Caneta,
Papel,
Gavetas,
Mesas,
Gabinetes.
Fechaduras que amordaçam a democracia
Devido à sua burocracia política anti-social.
(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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