resomar 11 de dezembro de 2006

Rasgamos o tempo e tentamos apagar marcas…
Ignoramos a sonoridade das lágrimas e o brilho do olhar esquecido em nossas mãos…
Um sentimento de medo se impregna nas veias e não identificamos o instante da partida…
No disfarce sepultamos essências…
No silêncio a dor enigmática do abandono/indiferença…
No grito abafado o perigo de margens opostas,
passos desencontrados…

A solidão do ser humano não é outra coisa, senão o seu medo de viver, diz EUGENE O’NEILL.
Faz parte do palco a fantasia mascarada, o escuro ludibriado, a sedução do perigo alucinador…
Faz parte do ser o semblante em chamas,
fragilidade amedrontada, percurso distorcido…

Importa o estranho não provocar espanto…
Importa a voracidade de sonhos no exercício da liberdade…
Deciframos a perplexidade sem a possibilidade de sermos devorados…
Na incerteza de sustentarmos emoções, a palavra se esconde em disforme solidão…
Embriagado canto a melodia amadurecida, esquecida no corpo suado e febril…

03.12.2006

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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