29 de setembro de 2006
Por que querer entender uma tarde sem a espera do anoitecer,
um encontro que foge deixando a paisagem adormecida em teus braços?
O tempo inventou razões, soprou na alma rumos e atalhos e a palavra enxergou o corpo baleado tocar a indiferença de olhares sonolentos…
Posturas desgastadas rasgam o silêncio nublado da esperança,
uma face rasgada, terra seca, boca faminta,
um amor esquecido no espanto de ser…
Não quero mais o encanto provisório de momentos…
Não quero mais apagar a realidade amordaçada na nostalgia cotidiana imersa em vazias melodias…
Quero atropelar o pranto debruçada em armas sutis, ousadamente enlaçadas no desafio de um eco transparente…
27.07.2006
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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