29 de agosto de 2006
Ela sonhava ver o mundo através das asas de uma borboleta, quando rompesse o casulo e despertasse em uma nova fase. Nova vida… Queria esconder os olhos e não
deixar as imagens reais construírem castelos desfeitos. Cores… Somente as cores eram bem-vindas. Não fosse o tempo. O frio… as chuvas e tempestades. Lembrou-se ao refletir-se no fundo de um lago. Nem todas as borboletas surgem perfeitas, suas cores em tons pastéis traziam a decepção da espera. Queria ser o vermelho brilhante, o azul celeste em verdes campos e matas. Não era nada além daquela cor refugo-casulo absorvido na ânsia da gestação. Os dias passavam e não percebia um detalhe… Podia voar.
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Bauru/SP
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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