4 de agosto de 2006
É tão interessante, em meus plenos 68 anos vividos, eu não saber do meu amanhã… O que ainda me reservará a vida?… Marido, filhos, netos e irmãos permanecerão… sempre, meu nome também. O que está indo embora é a minha disposição, trocada automaticamente pela minha debilidade física, pela minha acolhida reticente… Já não sou persona tão grata nos passeios, nas programações, nas conversas ao pé do ouvido… “ela não deve saber, vai se aperrear, ou então ela não vai entender… melhor deixá-la pra lá.”
É o início bem acentuado da velhice que se instalou, e pra ficar cada vez mais forte! Como é forte a fraca velhice! Tenho que ainda aceitar como dom de Deus! Tudo é dom.
31/05/06
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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