23 de julho de 2006
Desloco-me. É de pedra este chão?
Poderia ser de barro ou fantasia,
Algum sonho perdido pela noite.
Algum vago pensar pelo caminho.
A amada me põe graxa no meu rosto
Desamarro os cadarços do meu corpo
Ouço os soluços de um amor estranho
Ouço um réquiem de beijos em pedaços.
Sigo os meus passos por veredas longas
Não encontro o caminho que procuro
Nem mesmo sei dizer o que pressinto
As corujas gargalham nas estradas
Rasgam mortalhas de um amor perdido
Enquanto a chuva molha a flor efêmera.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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