10 de abril de 2011
Teria sido o cotidiano mais suave se tudo o que senti tivesse ao seu alcance? Por onde minha alma caminhou talvez não houvesse espaço para a tua. Sempre estivemos em patamares diferentes, caminhamos lado a lado, porém nunca nos encontramos verdadeiramente. Sorrimos, choramos, construímos, criamos e, no entanto não acontecemos. Vivemos na tênue borda, delimitamos o perímetro, porém no cerne não fizemos morada.
Meu refúgio minhas palavras, minhas letras. Entre tantas e tantos anos foram e ainda são a minha verdadeira morada. Aqui existe um pouco de mim. Nos versos, nas opiniões, nas rimas desconexas nos artigos controversos ou nos contos exóticos. Sempre fui possuidor de uma personalidade multifacetada. As coisas simples e comuns não me satisfazem. Geralmente nunca estou com a maioria, amo a polemica, gosto que todo argumento seja discutido e esgotado. Simples é a perdição encontrar-se é o grande problema.
Ainda estou no caminho. Certamente milhares de passos ainda me separam de alguma certeza. Por enquanto não me encontrei, mas deixo-te algumas opiniões, pois o melhor da existência é a capacidade intelectual. Aquela qualidade sutil que nos separa da poeira do chão. E nos aproxima um pouco mais das luzes que decoram o firmamento.
Obs: Imagem enviada pelo autor.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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