Entrevista com D. Sebastião Armando Gameleira Soares *
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(Publicado em IHU – Unisinos – Instituto Humanitas Unisinos
Pe. José Comblin vivia em Barra, no interior da Bahia, há dois anos. Escolheu viver lá porque achava que a diocese da cidade era uma das poucas que estava, efetivamente, ao lado dos pobres.
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“Sem dúvida a morte de José Comblin é um momento de grande dor para a Igreja e particularmente para quem o conheceu mais de perto”. Dom Sebastião Armando Gameleira Soares, bispo da Diocese Anglicana do Recife,reconhece que falar postumamente sobre o grande teólogo e amigo é desafiador. Porém, “ouso acrescentar que é um grande momento de ressaltar a relevância da profecia na Igreja e na sociedade”. Ele também concedeu uma entrevista, por e-mail, à IHU On-Line sobre Pe. Comblin.
Nascido em Alagoas, Dom Sebastião Armando Gameleira Soares é bispo da Diocese Anglicana do Recife (região Nordeste), da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. É mestre em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma, e em Ciências Bíblicas, pelo Instituto Bíblico de Roma, e em Filosofia, pela Universidade Lateranense, também em Roma. É também especialista em sociologia e bacharel em direito. Há mais de 25 anos, assessora o Centro de Estudos Bíblicos – Cebi, tendo assumido sua Direção Nacional e sua Coordenação Nacional do Programa de Formação, além da coordenação e da assessoria do Curso Extensivo de Formação de Biblistas. Também colabora na assessoria ao Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e à Educação Popular – Cesep, de São Paulo.
Confira a entrevista com Sebastião Gameleira Soares.
IHU On-Line – Na sua opinião, qual foi a contribuição de José Comblin à teologia e ao pensamento teológico contemporâneo?
Sebastião Gameleira Soares – Comblin foi, durante muitos anos, professor de Teologia em seminários e universidades. Por isso, teve de lidar também com os chamados tratados clássicos nos quais se organiza normalmente o ensino e a formação teológica de estudantes. Mas, desde cedo, seus olhos se voltaram para a realidade viva da Igreja e do mundo. No que fazia e nos temas que abordava, estava a indicar claramente que não pretendia trabalhar por uma “teologia de corte” que atendesse aos “interesses do príncipe”. O edifício clássico da Teologia cristã era para ele como o depósito de grandes tesouros das intuições milenares do Cristianismo, as quais deviam ser resgatadas de modo a dizerem hoje uma palavra nova e relevante à sociedade.
Não pretendia fazer como tantos que apenas elaboram Teologia para respaldar afirmações do Magistério eclesiástico e consolidar o sistema estabelecido e, desse modo, nada dizem de novo ao mundo, só repetem, o que é um péssimo serviço à Tradição. O Evangelho nos diz que apenas repetir, sem provocar nada de novo na vida das pessoas e da sociedade, é palavra vazia, sem novidade e, sobretudo, sem autoridade para afastar de nós os “espíritos impuros” e destrutivos, o contrário de Jesus (cf. Mc 1, 21-28).
Ao chegar a nosso continente, pelo que escrevia e por suas brilhantes conferências, estava bem claro qual era a direção de seu olhar, o horizonte no qual se daria sua reflexão entre nós. Ou seja, o horizonte hermenêutico de preocupações e perguntas a partir das quais olhava a herança milenar do Cristianismo. Teologia para ele era momento teórico da prática cristã na história. Não se tratava de mero discurso religioso, mas de momento da práxis humana e cristã, isto mesmo antes de a Teologia da Libertação elaborar seus conhecidos princípios metodológicos.
Teologia para ele tinha particularmente a função de criticar, à luz da Bíblia e da experiência cristã, a prática missionária, pastoral e sociopolítica. É por isso que se entende que, desde o começo, se preocupou por pesquisar a história e o processo de evangelização da América Afrolatíndia e as marcas que configuraram o Cristianismo no Continente.
Hoje, se acende o debate em torno da importância de uma “Teologia Pública”. Ora, já o vemos antecipar, quando lança obras de fôlego como Teologia da Cidade, Teologia da Paz, Teologia da Revolução. Foi por isso que resolveu enfrentar a Ideologia da Segurança Nacional e denunciá-la como idolatria. Em suas conferências, a análise dos sistemas econômicos e políticos e seu julgamento teológico estavam sempre presentes. E, naturalmente, a denúncia da vinculação das estruturas do Cristianismo a esses sistemas, com a indicação inclusive de suas raízes históricas. Nisso, foi mestre.
IHU On-Line – O site da sua diocese destacou a notícia sobre a morte do teólogo, que era padre católico. Sem dúvida, um sinal ecumênico por parte da sua comunidade. Qual a importância de Comblin para o ecumenismo, especialmente na região do Recife, onde ele viveu por alguns anos?
Sebastião Gameleira Soares – Não se pode dizer que tenha sido um “militante” do Ecumenismo. O que se deve dizer é que foi, como gente e como intelectual e pedagogo (como educador é que foi pastor), uma pessoa radicalmente ecumênica. O foco de todo o seu trabalho intelectual e pedagógico não era a instituição eclesiástica, mas sim a relevância do Cristianismo na vida das pessoas e na sociedade em geral. Estava presente onde o Cristianismo estivesse querendo recuperar-se como fermento de animação de uma sociedade nova e onde pessoas de quaisquer procedências estivessem dispostas a lutar pela justiça. Não é por acaso que recebia convites de seminários e faculdades protestantes e, nos últimos anos, reunia periodicamente em sua casa um grupo de pastores protestantes para reflexão e debates.
Sua atitude ecumênica tem tudo a ver com o que hoje se chama de “Ecumenismo de Base”, ou a partir da vida do povo. Porque tocava justamente nos problemas que a todo mundo interessam, os problemas do dia a dia da vida e que não perguntam primeiro por confissões de fé, mas por soluções de fé, como eu gosto de dizer.
Ora, particularmente no Nordeste do Brasil, como no tempo de Jesus em Sua terra, só quem estava interessado em discutir em primeiro lugar questões religiosas e “de Teologia” eram os segmentos integrados no sistema estabelecido (escribas, fariseus, saduceus), o povo mesmo procurava Jesus para sentir a dignidade recuperada, as enfermidades curadas ou pelo menos cuidadas, a fome saciada… Comblin o compreendeu muito bem, tratou dessas questões e assim assumiu a largueza “ecumênica” do coração de Deus, à imitação de Jesus. Sua paróquia realmente era o mundo, no dizer do grande profeta John Wesley, inspirador do Metodismo.
IHU On-Line – Pessoalmente, como o senhor analisa a teologia e a obra de Comblin? Pelo que sabemos, o senhor foi seu aluno. É isso? Que recordações e lembranças desse grande teólogo ficarão gravadas em sua memória?
Sebastião Gameleira Soares – Na verdade, não tive a graça de ser seu aluno. Quando ele se tornou professor do Instituto de Teologia do Recife – Iter, trazido por convite de Dom Helder [Câmara] depois do golpe militar, eu estava a estudar em Roma, aonde cheguei em outubro de 1964. Só o conheci pessoalmente depois que já era eu mesmo professor do Iter e em seguida também Coordenador dos Estudos.
Às vezes, quando tinha algum intervalo que coincidisse com sua aula, procurava escutá-lo. Também tive a felicidade de escutá-lo em conferências ou em seminários de estudo que promovíamos, especialmente no Departamento de Pesquisa e Assessoria – Depa. Impressionava-nos a capacidade que tinha de escutar as questões e discorrer sobre os mais variados temas por toda uma jornada sem ter nas mãos uma folha de papel sequer. Dizíamos que era cabeça de computador. Amplíssimo nível de informações, tanto de história quanto da conjuntura mundial, e agilidade para refletir e aprofundar os temas com intuições originais.
Um dos aspectos que mais me fascinavam em seu jeito de fazer Teologia é sua capacidade de ir ao tesouro da Tradição e penetrar além da letra, “por trás das palavras”, como gosta de dizer nosso amigo Carlos Mesters, na busca de resgatar as intuições mais profundas que estão por detrás das afirmações doutrinais, sempre naturalmente condicionadas pela consciência possível de cada época. De alguns professores em Roma e, especialmente dele, algo disso eu aprendi, de modo que um dia cheguei a mostrar a um amigo luterano que a doutrina católica do purgatório, rejeitada pela Reforma, é, na verdade, uma das afirmações mais luteranas no Catolicismo, uma forma bem da cultura medieval de reconhecer o princípio de simul justus et peccator (simultaneamente justo e pecador), um dos princípios basilares do Protestantismo. Se fizéssemos esse esforço sistematicamente, quantos equívocos desmascararíamos, como foi feito há alguns anos com a questão da “justificação pela fé” no documento conjunto católico-luterano!
IHU On-Line – Quais são as grandes fontes matriciais do pensamento de Comblin (teológicas ou não)? Que pensadores e obras fundamentaram a sua teologia?
Sebastião Gameleira Soares – Primeiramente, dominava a bibliografia teológica mundial e tinha aguda capacidade de síntese pessoal. Conhecia a história da Teologia, e não só da teologia católica romana. Além disso, era doutor em Ciências Bíblicas com tese sobre O Cristo no Apocalipse, em um tempo em que muito pouca gente se interessava por esse livro da Bíblia. Quem sabe, já era a intuição de que o grande confronto da atualidade é entre Cristo e o Império…
Tinha formação em Sociologia e amplo conhecimento da História da sociedade ocidental, particularmente da História da Cultura, ajudada pela Sociologia da Cultura, e da História da Igreja, especialmente da grande trajetória do Catolicismo. Conhecia muito bem o Marxismo. Seu raio de leituras era amplíssimo, inclusive na área de Economia e da Política. Finalmente, tinha nítida percepção da importância do papel da Igreja na formação da sociedade ocidental (Europa) e na empresa colonial legitimada pelas missões (outros continentes). Sua luta se dava no sentido de resgatar a relevância da herança da Igreja na reconstrução de uma sociedade onde os pobres achassem seu lugar e fossem sujeitos da recuperação de sua dignidade.
Entre os fundamentos de sua obra teológica, não por último, deve ser mencionada a profunda fé no Deus da história – o Deus bíblico – e sua espiritualidade centrada no discipulado de Jesus, o que lhe dava o poder de ser simples e modesto, pobre, e de sentir-se bem entre os pobres e dedicar a eles e elas sua vida.
IHU On-Line – Comblin sempre esteve perto dos leigos e leigas cristãos, como indicam alguns de seus livros como Curso Básico para Animadores de Comunidades de Base (Paulus, 1997), Cristãos Rumo ao Século XXI (Paulus, 1997) e O Povo de Deus (Paulus, 2002). Que laicato desponta do pensamento de Comblin?
Sebastião Gameleira Soares – Seu profundo vínculo com o laicato se revela particularmente quando seus projetos de educação teológica visam a formar pessoas, clérigos e pessoas leigas que cheguem a optar por estar em caminhada missionária junto com o povo pobre das comunidades, especialmente a gente camponesa humilhada do interior. Para ele, isso seria um golpe certeiro no que se faz habitualmente com os estudos teológicos, a saber, servem para criar e fortalecer uma elite que, “entronizada” acima do povo, o domina. A seu ver, ordinariamente, os estudos teológicos são um dos fortes sustentáculos do sistema clerical, do qual o povo de Deus em geral está excluído.
Já no Chile, foi um formulador desse novo sistema de formação. No Nordeste do Brasil, junto com um grupo de seminaristas e do saudoso Padre René Guerre (francês, ex-assistente nacional da Juventude Operária Católica – JOC francesa, trazido ao Recife por Dom Helder), orientou a famosa “Teologia da Enxada”, que supunha os estudantes cursarem Teologia estando inseridos no meio de camponeses, junto aos quais, como primeiro passo dos estudos, pesquisavam qual era a formulação popular da fé cristã.
Com o amadurecimento de suas experiências e de sua análise do sistema eclesiástico, tomou a decisão de não mais colaborar em seminários para formação do clero e dedicar-se totalmente à educação teológica e missionária de gente leiga. Fazia isso especialmente no interior da Paraíba e da Bahia, ao lado de suas conferências e seminários de estudo em outras partes do Brasil e no Exterior.
Várias são as iniciativas das quais era o grande inspirador e pedagogo: Centro de Formação Missionária, Associação de Missionários e Missionárias do Nordeste, Curso da Árvore, “Seminário” de formação para gente leiga dos sertões da Bahia, Fraternidade do Discípulo Amado… Recomendou e escreveu sobre isto: o povo leigo das Comunidades de Base devem organizar-se em associações autônomas para assim resistir ao poder do sistema eclesiástico. Tinha plena razão. Muito de todo o esforço das comunidades ficou prejudicado por falta de terem dado esse passo. Sem autonomia jurídica, que seria dada por associações civis legalmente constituídas, é fácil, como tem sido, para o poder na Igreja anular a iniciativa do laicato, sobretudo do laicato mais pobre e frequentemente iletrado.
É bom ressaltar que em torno dele sempre estiveram muitas mulheres que assim têm sentido a dignidade resgatada e sua capacidade de influir na Igreja e na sociedade, tanto leigas como freiras.
IHU On-Line – Que figuras foram centrais na vida de Comblin, como impulsionadoras ou críticas ao seu pensamento?
Sebastião Gameleira Soares – Penso que há outras pessoas com bem mais autoridade para responder sobre isso. Ousaria lembrar que admirava sobremaneira a figura do “Apóstolo do Nordeste”, o Padre [José Antônio Maria] Ibiapina. Sobre ele chegou a escrever um livro e trabalhou intensamente pela restauração do Memorial com seu nome em Santa Fé, na serra paraibana. Lá quis ser enterrado. Padre Ibiapina assumiu o ministério depois de aposentado como juiz de Direito e viúvo. Dedicou a vida ao povo dos sertões e teve a intuição de que é o povo sertanejo, pobre, que deve ser o agente missionário de sua região.
Em função disso, por exemplo, fundou as famosas “casas de caridade”, onde se reuniam em comunidade mulheres do lugar para estarem a serviço das necessidades do povo. Ele, Ibiapina, era inspirador e orientador. Esse modelo correspondia justamente aos ideais de Comblin, uma Igreja que nascesse do Espírito Santo a partir da iniciativa do povo agindo autonomamente a serviço de seus iguais.
Depois vêm figuras como Dom Helder Camara, Dom Oscar Romero, Dom Leonidas Proaño e tantas outras dentre os Pais da Igreja da América Afrolatíndia. Sem falar de seus e suas colegas de tarefa de elaboração teológica. Nestes últimos anos, aproximou-se intimamente de Dom Fr. Luis Cappio, Bispo da Barra, na Bahia, confessor da fé e apóstolo do povo ribeirinho do São Francisco. Transferiu-se mesmo para a Bahia e foi lá que faleceu. Tinha dito que no curso final de sua vida queria estar perto de um santo filho de São Francisco para ter perto de si um exemplo de santidade e assim se preparar melhor para a grande viagem…
IHU On-Line – Alguns dos livros de Comblin abordam especificamente questões bíblicas. Que aspectos centrais o senhor destacaria na “leitura bíblica” de Comblin?
Sebastião Gameleira Soares – Sobretudo desde vários anos para cá, Comblin compreendeu sua tarefa de escritor como dever produzir livros que falassem de Teologia da Missão, da Palavra como elemento dinâmico e transformador da vida e da sociedade, do Espírito Santo como suscitador de iniciativas de missão, de Jesus como centro em redor do qual estamos nós em atitude de discipulado.
Esses escritos têm uma fortíssima inspiração bíblica e espiritual. Querem colher na raiz o testemunho que nos deixaram as Escrituras e suscitar em nós atitudes novas, à imitação de Jesus. Lembremos de livros como Cristãos do Século XXI, Povo de Deus, A Liberdade Cristã, O Caminho.
Sobre Jesus, escreveu sempre e a partir dos evangelhos. Participou do Comentário Ecumênico Brasileiro com alguns livros sobre as Epístolas Paulinas e os Atos dos Apóstolos. Estava no mesmo rumo do que chamamos de Leitura Popular e Comunitária da Bíblia. A vida como contexto de leitura da Bíblia e a Bíblia como testemunho da vida de nossos pais e mães na fé, para que possamos perceber a força transformadora da Palavra que Deus nos dirige hoje, na atualidade de nossa existência.
IHU On-Line – Para finalizar, deseja acrescentar mais alguma coisa sobre Comblin?
Sebastião Gameleira Soares – Acrescentaria apenas o seguinte: é impressionante perceber em Comblin – Padre José ou Padre Zé, como o povo lhe chamava – uma personalidade paradoxal. Quase tímido e ao mesmo tempo de coragem e determinação de aço. Até na morte não caiu aos poucos, mas tombou de repente, como as palmeiras que caem de um só golpe, trabalhou até morrer. “O justo é como a palmeira plantada nos átrios de Deus”. Quase silencioso, de voz mansa e fina ironia, a arma dos pobres, e ao mesmo tempo voz que soava por cima dos telhados e atravessava continentes.
Diante de sua palavra crítica, isto é, que instaura a crisis, a ditadura militar tremeu e por isso o expulsou do país, e as hierarquias eclesiásticas ainda agora tremem temerosas da influência que pode ter na mente dos fiéis. Privilegiadamente inteligente, teólogo famoso, e ao mesmo tempo modesto, pobre, quase escondido. Fiel aos pobres, ao ser convidado para conferências e seminários, ao que me consta, nunca se interessou pelo que teria de gratificação financeira, nunca teve “preço” nem cedeu ao sistema de mercado, permaneceu pobre a serviço de pobres.
Escreveu para teólogos e letrados e com mais amor ainda escreveu para pobres e gente de poucas letras. Fez conferências em grandes auditórios de universidades e gastou precioso tempo com freiras tão sem poder nas estruturas eclesiásticas, camponeses, missionários e missionárias do campo, mulheres pobres. Grande intelectual e, ao mesmo tempo, de profunda espiritualidade radicada na fé e no amor a Jesus e a Seu caminho, por isso capaz de celebrar a fé junto com o povo.
Viveu da tarefa de formular pensamentos e teoria, suas aulas eram “monótonas”, isto é, sua voz tinha sempre o mesmo tom, só as seguia quem era capaz de se encantar pelo conteúdo e não dependia tanto de “recursos didáticos”, e ao mesmo tempo foi um dos maiores pedagogos que temos conhecido por sua capacidade de inspirar e suscitar iniciativas e comunicar às pessoas a perspectiva de se tornarem autônomas no pensamento e na ação.
Foi “pedagogo”, isto é, Guia para a descoberta da Verdade da vida. Foi Profeta para denunciar a mentira dos sistemas de opressão e anunciar a Verdade do Reino de Deus. É santo para nos inspirar a perseverar no Caminho.
* Bispo da Diocese Anglicana do Recife – DAR
www.dar.ieab.org.br