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Nao preciso fazer parte de um grupo, ou de um segmento social, pra me sentir fortalecida, ou incluída. Podem me deixar fora dessa pretensa inclusão.
Não me envaidece ser aceita, prefiro ser compreendida pelos que agem em surdina em favor do parceiro de caminhada.
E, por mais que me adjetivem como esquisita, nada mudará meu rumo.
Se torto ou acertado saberei na travessia, até lá continuo seguindo em paz.
Preciso tão somente exercitar o amor próprio e o amor ao próximo.
Pronto! Já estou no maior grupo desse plano, o grupo dos que se importam…
se importam com o conforto do outro, com a dor do outro, com as dificuldades do outro, e – solidariamente silenciosos – tentam levar uma palavra boa, o abraço sincero, um consolo na dor.
Talvez não tenha muito a oferecer, mas quando ofereço eu me doo sempre no limite, sempre na máxima potência, sempre no meu melhor.
Quanto aos que não me entendem, bem, esses estão em outro caminho, talvez bem melhor que o meu, mas que não invejo e não quero.
Porque a estrada que sigo tem mão única, sem seta de retorno, sem grandes distrações nas beiradas do caminho.
Apenas uma via estreita com algumas rosas, bandos e mais bandos de passarinhos, e gente esquisita como eu.
Sem pertencer a turma, grupo, ou tribo, e sem querer tentar.
Nessa altura do campeonato qualquer gol que eu fizer, para estender o meu placar, será de bola parada, sem ninguém na assistência,
será sempre na solidão de estádios vazios.
Aprendi a entrar dentro de mim e, aquietada, me acolher no centro do equilíbrio, e a me bastar, e a me entender com a minha alma.
Ainda preciso de pessoas para as coisas do dia a dia, e sou imensamente grata, mas para a lucidez, a harmonia e a caminhada para o entendimento, nisso agora sei, sou a minha melhor companhia.
elza fraga
A que descobriu que solidão não mata, as vezes até cura as dores mais antigas.