Encontrei no Google a seguinte tradução para a palavra “revolução”:
POR ANALOGIA FIGURADO: Grande transformação, mudança sensível de qualquer natureza, seja de modo progressivo, contínuo, seja de maneira repentina.
Em 1947 Paixão Cortes liderou a mais importante revolução cultural que nosso Estado presenciou. As ações do Departamento do Julinho, a formação do Grupo dos Oito e a realização da Ronda Crioula mudaram enormemente a conceito de fazer cultura no RS, bem como devolveram aos gaúchos sua identidade, hoje reconhecida e aplaudida no mundo todo, seja por meio dos nossos festivais, CTGs ou de meros gaúchos preservando “velhos” hábitos, como o do chimarrão.
Em 2018, presenciamos outro tipo de revolução. Na evolução do tradicionalismo organizado, muitas foram as ações pioneiras visando o bem coletivo – seja em prol do público tradicionalista, seja da sociedade como um todo – mas nos últimos tempos, nada me deixou tão emocionada quanto a revolução comandada pelo Repórter Farroupilha: a Cavalgada do Bem.
Depois da cavalgada de distribuição da Chama Crioula, não tenho dúvidas de que esta foi a maior mobilização de cavalarianos no Rio Grande. E as patas de cavalo protagonizaram uma verdadeira revolução social do período natalino.
Mesmo que nesses dias de festas e comemorações o sentimento de comunhão e solidariedade se aguce, a Cavalgada do Bem provou a força da unidade de uma gente que tem orgulho de ser gaúcho (mesmo que não seja tradicionalista).
Parabéns aos homens e mulheres que fizeram acontecer a revolução social do Natal do Bem em patas de cavalo. Aguardo esperançosa por mais momentos assim, afinal, as boas ações devem ser perpetuadas, não importa de que segmento da sociedade elas partam.
Publicado em http://rdplanalto.com/noticias/33746/e-tempo-de-revolucao
Obs: O autor é professor, escritor e ativista em direitos humanos, desde Passo Fundo, RS