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Todas as profissões são importantes. Não há profissionais que tenham direito à primazia. Todas as tarefas que acabamos de mencionar contribuem para a construção do mundo.
A edificação de uma sociedade feliz é uma obra coletiva. Cada pessoa deve dar uma parcela de esforço para realizar esse projeto.
Não há grandes atores e atores menores. Todos contribuem para tornar o mundo melhor.
O Papa Francisco lembra que o trabalho é muito mais do que uma simples atividade para obter uma renda e depois consumir.
“O trabalho é, acima de tudo, um âmbito em que a pessoa pode se tornar mais pessoa. A pessoa experimenta a sua criatividade, experimenta os laços que a unem aos outros”.
Como poderíamos ter residências acolhedoras, que proporcionam descanso e paz, se não houvesse o trabalho dos decoradores.
O que seria o mundo se, em situações específicas, não comparecesse o profissional liberal oferecendo seu trabalho (médicos, dentistas, advogados).
Na semana passada realizei, em companhia de esposa e filho, uma viagem aérea.
Quão insípido seria o trajeto pelo ar sem a presença da aeromoça.
Com a delicadeza que é peculiar a seu ofício, aliviam a tensão, sempre presente quando estamos dentro da máquina que Santos Dumont inventou. Não voamos mais no 14 Bis. Entretanto, mesmo nos modernos aviões, se um deles resolver despencar, não há doutor que dê jeito.
Em muitas situações, ocorridas no Brasil, o tirocínio de aeromoças evitou tragédias. Há depoimento de pilotos que comprovam este fato.
Normalmente, o trabalho das aeromoças é anônimo.
Esse anonimato só engrandece seu papel humano e social.
Um viva para as aeromoças deste imenso Brasil.
Obs: O autor é magistrado aposentado (ES), escritor, professor, palestrante.
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