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só eu tenho a chave
do santuário das aflições
onde guardei pedras agudas
algumas têm miasmas
outras emboloradas
resistem à extinção
no santuário há um espelho
onde me vejo e desconfio
que o espelho sou eu
a imagem refletida diz
que sou uma fraude em minha vida
e que outras pedras virão
tentei fugir para as montanhas
morar na caverna, viver de brisa
não consegui
nesses pedregais pontiagudos
basta-me uma floração
para que a vida valha a pena
Obs: O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.
Imagem enviada pelo autor (pixabay)