[email protected]
www.poematisando.blogspot.com
A primeira, quadro de ferro montada peça a peça. Lembro-me que meu pai guardava cada peça comprada na última gaveta da antiga cômoda. Me chama no quarto e mostrava a peça nova: olha meu filho. A bicicleta fora montada com peças descompassadas. A coroa do central era do tamanho de um disco de vinil. Motivo de gozação na escola.
Eu era feliz com ela. Mas faltavam-lhe marchas. Lembro que até para as estrelas cadentes fazia esse desejo, que só fora atendido por volta de 1996 quando ganhei, do meu pai, a tão sonhada bicicleta de marchas. Esta era a segunda. Esteve ao meu lado por mais de 10 anos. Era de ferro e peças simples. Mas pude deixá-la do meu jeito: pintura nova e peças de alumínio. Esta era batizada chamava-se Pandora. Viveu longos anos até declinar peça a peça. Depois tive outra cuja vida foi curta ao meu lado. Anos depois, 2010, iniciei novo projeto: Ecos de alumínio e as melhores peças que um graduando bolsista poderia comprar. Aliás sempre a deixava renovada. Também era batizada: Angelikita. Com esta fiz trilhas e o vai e vem do pão de cada. Comigo esteve por saudosos 10 anos.
Nessa vida de convívio com as bikes sempre desejei ter aquela que fosse a realização do sonho da criança adulta. Consegui. Levo comigo a recém batizada Pegasus para a concretização de antigos e novos pedais.
Obs: O autor é poeta e fotógrafo amador. Trabalha na UFOPA / campus de Óbidos.
Imagens do autor.