Chumbo derretido
as tenazes incandescentes
deste olhar quase banal
deste mar de bananeiras
deste mal estar geral
que nos causamos
Uma alma vestida de carne
sem graça o esqueleto ri.
Por tempo indefinido…
Uma alma
você olha
…e quatro cavalos enfurecidos
ripostam
nos pontos cardeais de mim
Foram duas horas de agonia
duas horas e meia.
Mas não é o homem
um degredo de carne?
Agregado de pó
libelula de luz
liberdade
Obs: A autora formada em Artes Plásticas, pela UFPE, desenvolve em cima de técnicas de desenho, pintura e gravura seu corpo de obra, pensando um campo pictórico de convivência entre texto e forma.
Tem cinco livros publicados sendo um de desenhos e três de poemas, publicados em três coletâneas e um poema premiado com o segundo lugar no concurso de poesia do SINTEPE – 2010. A autora também ilustra livros infantis e é ilustradora científica do laboratório de morfotaxonomia do CCB-UFPE