15 de setembro de 2021
A amizade não conseguiu escapar muito dessa avassaladora pressão; poucas são as relações interpessoais que fogem ao utilitarismo e ao cinismo das afetividades simuladas. Cada vez mais temos amizades fugazes, com data de validade restrita; as pessoas vão e vêm rapidamente, acumulando-se uma série de perdas sem que ganhos subjetivos se fortaleçam. Mais e mais conhece-se muita gente e sustenta-se com fragilidade o aprofundamento dessas relações. Coloca-se como necessidade básica ampliar ao máximo o número de contatos, sem que, de fato, essas aproximações signifiquem uma intenção de permanência e dedicação.
Mas, ainda bem que encontramos nossas exceções na vida.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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