Paula Barros 15 de agosto de 2021

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Novembro de 2019 comprei uma viagem de navio (Salvador/Recife). Queria ficar só (que nem fiquei), queria não fazer nada, descansar das férias corrida com horários, dormir ou ficar acordada sem culpas, sem me cobrar (algo difícil), e comprei este livro. Pretensão de começar a ler durante a viagem. Comecei e não terminei até hoje. Queria saber o que o livro me falaria. Nestes dias de pandemia olho para o livro e sorrio com as minhas pretensões. Uma etiqueta diz: 1 milhão de pessoas já ligaram o F*oda-se. Eu não liguei. Gostaria de saber como estão estes que ligaram? Passo as páginas em busca de algo que tenha grifado. E encontro – “Você vai apreciar cada vez mais as coisas simples da vida….” E veio a pandemia, e muitos dizem que não seremos os mesmo, que vamos nos tornar pessoas melhores, e…e….e…. E o autor diz – “Nossa cultura absorveu a crença de que todos estamos destinados a fazer algo extraordinário.” E veio a pandemia e muitos continuam se cobrando….ler, estudar, aprender um idioma, fazer exercícios, manter disciplina, assistir lives, fazer lives, assistir filmes, arrumar armários, ajudar os necessitados, controla, se cuidar …Ufa! 01.05.20

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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