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Uma mulher se aproxima. Precisou de coragem porque a lei lho proibia. Contaminada por seu próprio
sangue, era tida por impura. A fonte da vida,seu poder de mulher, a contaminava. Devia manter-se à parte
para não disseminar impureza. Inferior, enferma e excluída.Gastara o que tinha sem resultados. A fama de Jesus a atraía irresistivelmente, era a última chance. No desespero e por senso de indignidade, quem sabe, também por medo de ser apanhada na trangressão, queria apenas ocultamente tocar a franja de suas vestes. Na multidão, Jesus não a distingue, mas percebe que de Si tinha saído uma energia diferente. Alguém, de repente, despertara n’Ele a consciência de ser o Messias, instrumento do poder salvífico de Deus.Uma mulher ativara sua potência recriadora da vida.
“Quem me tocou¿” Jesus exige que ela se manifeste publicamente. Não se tratava apenas de mostrar-se curada. Era preciso que desse testemunho público, fosse escutada por todos,fizesse valer sua palavra, ela que a lei designava como “incapaz”. A que estava à margem agora ocupa o centro, recuperara seu poder de mulher e de cidadã. Mc 5,25-34
Obs: O Autor é Bispo Emérito da Diocese Anglicana do Recife
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil – IEAB….
É Teólogo e Biblista
Assessor do CEBI, de lideranças de Comunidades Eclesiais de Base e de Escolas de Fé e Política