15 de agosto de 2021
Arrancada da parede da história,
já não participa do tempo.
Não explode em emoção
abrindo-se ao comando dos braços
da jovem mulher que,
apaixonadamente perfumada
espera o cortejo,
ansiosa pelo mais ardente beijo.
Já não sente o vento ou as folhas
desleixadas e provocadoras
que acariciavam suas tardes,
assustando-na no ranger
das noites sombrias.
Trancada em si e cega ao mundo,
esquecida e encostada.
Teria tanto a contar se ao menos
fosse lembrada…
Abre e fecha, dias e horas,
cúmplice de tantos segredos,
lágrimas e alegrias de outrora.
Ah, se soubessem o que diria!
Mas a vida é esse tempo
que passa quente
e, de repente, esfria.
Obs: A autora é poeta, administradora e editora da Revista Perto de Casa.
http://pertodecasa.rec.br/
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Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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